quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sobre o A M O R!

O que vem a ser uma "relação interesseira" e qual é sua distinção das demais? Outros conceitos que podem ser desenvolvidos são os de "bom" e de bondade, e a relação destes com a santidade. A definição do que seja amor não é clara para nós humanos. Idealizamos demais o que seria amar, e assim nos colocamos como bondosos (no sentido que não faríamos maldade), mas interessante que o amor humano ACABA. Uma pessoa que quer separar de outra diz: 'O amor acabou'.

Acabou? Então não era amor, era interesse. O interesse é volúvel, mutável, tem raízes inconstantes. O amor, de acordo a Bíblia, nunca acaba. Mas o amor humano acaba porque a necessidade do outro acaba, seja ela econômica ou afetiva, embora esses dois estejam mais ligados do que se imagina. Por isso nossa necessidade de Deus; para amar como define I Co 13. Com atos 'desinteresseiros'.

Somos amigos de quem nos interessa de quem precisamos. Precisamos, sim, dos outros. Mas não somente de seus dinheiros, casas, patrimônios; mas, de seus amores, afetos, companhias. Contudo, o amor, pelo ponto de vista sentimental, também é interesseiro.


Ora, ama-se o outro não pelo o que ele de fato o é, mas, porque o que ele é ou tem se encaixa no que precisamos e queremos individualmente. Amar e ser amado não são necessidades exclusivamente sociais e econômicas, contudo, física e orgânica, do próprio ser humano. Sem isso não vivemos.

No meu modo de ver, amamos porque precisamos nos sentir completos! Já se apegou a alguém sem ao menos gostar desta pessoa? Pois é! Existe uma necessidade humana, algo que é mais que fisiológico. Faz parte da nossa essência enquanto Homens de carne, osso e porque não dizer, coração! O amor é uma forma egoísta de satisfazer o nosso próprio ego, mas que acaba dando certo quando satisfaz o ego do outro! É por isso que há frustração, choro e vazio quando não se é correspondido ou quando “acaba”... Porque esse amor acaba por ser pura vaidade!
O fato, caro leitor, é que as relações interesseiras sempre irão existir. Mas logo serão descobertas. E o véu que antes escondia, as máscaras e a ausência de amor sentido, cairão. O ego tem que morrer! Deus nos criou à sua imagem e semelhança! Deus é amor e, portanto, o amor faz parte da nossa formação, da nossa essência.

O início do amor está em Deus, foi Ele quem o fez. O problema é: o que temos feito com esse amor que é muito mais que um sentimento? O amor é um conjunto de atitudes que tomamos. E como somos falhos, amamos errado. O amor que praticamos, na maior parte das vezes é um conjunto de atitudes egoístas. Assim como o amor faz parte da nossa natureza, existe uma maldade que é nata do Homem (e isso foi escolha nossa). Isso se misturou a nossa essência, apesar de não ter sido o que Deus planejou para nós. Nós decidimos ser "conhecedores do bem e do mal" ainda que a Graça de Deus nos bastasse. É por isso que hoje debatemos sobre o amor e lutamos contra esse egoísmo enraizado dentro da gente. O alvo é praticar o amor que Deus plantou em nós e não a "mistureba" que fizemos depois disso.

Há duas formas de amar aqui definidas: um amar humano, egoísta, e outro divino, perfeito e completo. Não existe nenhuma garantia de que uma seja melhor ou mais válida que outra. Nem o amor egoísta, nem o amor pleno. Há realmente dois tipos de amor, mas, o problema das relações interesseiras é o contraditório amor humano. O amor divino é uma solução para o problema. O amor humano que é constituído por atitudes de amor é perverso. Ele é bom ao ser perverso. E é perverso ao ser bom. Isso sim é pensar dialeticamente; tratando da necessidade da convivência dos contrários, estabelecendo que a maneira de conhecer a realidade resultante do atrito e do confronto das diferenças constatadas.

O que fala mais alto na vida humana é o bem-estar do eu. Ao desmascarar o que parece inocente, pois ao fazer isso, por mais perversa que seja eu estou consciente do meu potencial de fazer o mal disfarçado de bem, e com essa consciência, fico mais atenta a não prejudicar ninguém, pois, como disse, amamos quem precisamos... E quando deixo de precisar? Aí sim vem o Amor de Deus para me ajudar a não ser perversa.

Quer ver uma coisa difícil? Amar a quem te maltrata. E o mais cruel é que, como estamos acostumados a exercer o amor envolvido em vários interesses, não conseguimos. Sofremos! Uma vez, estava chegando à igreja para um culto noturno, quando fui surpreendida por um abraço e uma frase que nunca mais vou esquecer: 'Lorena, eu te amo de graça!'. Achei tão bonitinho! E, pela espontaneidade de quem disse tal célebre frase, acreditei! Se for de verdade ou não, bem, não vamos entrar neste mérito. O fato foi que aquilo aqueceu meu coração e me fez pensar no amor de Deus por nós.

Ele é perito em amar de graça! Ele até me salvou de graça! Ele comprou minha “dívida” de graça! Que diferença eu faria no mundo? Ele poderia ter me deixado passar. Eu até poderia ter morrido. Mas Ele me amou... De graça! E por esta graça somos salvos. Por esta graça sobrevivemos. Por esta graça somos perdoados da nossa forma interesseira de amar

Mas o que é o amor? Vou deixar o Mestre explicar:



*****Merecem os créditos por este post: Margot, que tocou no assunto; Fabiano, que entrou no assunto e Ana Paula M., que me incluiu no assunto!

Um abraço,








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